As várias moradas...

“AS VÁRIAS MORADAS...”

Neste Universo infindo, o Ser Humano, ínfimo

Sem pudor, considera-se o único, o Senhor!

Tamanha prepotência, ante toda essa Potência,

Torna-o homem-criança com sua infantil crença!

O Mestre das Grandes Revelações, sem indecisões,

Há mais de dois mil anos, revelou para as multidões

Extasiadas: “Na casa de meu Pai há várias moradas,...”

Porém, a mais pura Verdade lentamente é assimilada.

Parte da Humanidade olha o “céu” e não “vê” nada!

Naquelas palavras do Mestre, quanta Verdade oculta!

Ainda hoje, não imagina, nem suspeita, a mente mais culta!

Belas parábolas, Verdades veladas: sementes em terra inculta,

Mas fecunda, plantadas em cova funda! O “Lavoureiro” secunda

Com desvelado cuidado, para que gemine no tempo aprazado.

A terra fecunda – o espírito humano - por erva daninha tomada,

Compraz-se, ainda, com a sombra rasteira que lhe é projetada.

Na Terra, sua humilde morada, em noite de “céu estrelado”

Supõe que Deus criou o Universo apenas para ser contemplado!

“O Infinito criado para a só recreação do humano espírito”?!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 22/07/2011
Código do texto: T3111342
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