A CIDADE
A cidade
A cidade acinzentou-se
Num acidente ácido
Assiduamente a si
E se deu dedais de diamantes
E para amantes acidentais
Que se surpreenderam
Com a cidade vista
De cima do céu
Sinfonias singulares de cigarras
Enquanto o acerto
Do sinal vermelho
Que ainda não acendeu.
Sinto silenciosa
A síntese da cintilante simetria
Dos dias que passam sinônimos
E despercebidos por ai.
Mas as silhuetas
Das noites insinuantes e sínicas
Insinuam-se para meus olhos
Em sina de simples sintonia
Que agora me deixam silábico
De prazeres significativos.
Belém 15/06/11.
Psar Martins