Crime do poeta
A mulher, a divina musa pulsante,
liberta de pudores, é a própria poesia.
Atraente e bela, num halo radiante,
conduz o poeta, para a sua afrenia...
No poema escrito, na visão onírica,
surge como a gema mais preciosa.
Numa mais intensa expressão lírica
ele a torna radiante, a mais gloriosa...
Mais que sonho, no dom da verdade,
as palavras deixam-na mais sublime;
mulher e poesia, a eterna dualidade...
Sem revelação, resta-lhe a penitência
cujas palavras serão a sua indulgência.
O amor do poeta é o seu único crime...
Oswaldo Genofre
(Imagem Google)