Crime do poeta

 

A mulher, a divina musa pulsante,

liberta de pudores, é a própria poesia.

Atraente e bela, num halo radiante,

conduz o poeta, para a sua afrenia...

 

No poema escrito, na visão onírica,

surge como a gema mais preciosa.

Numa mais intensa expressão lírica

ele a torna radiante, a mais gloriosa...

 

Mais que sonho, no dom da verdade,

as palavras deixam-na mais sublime;

mulher e poesia, a eterna dualidade...

 

Sem revelação, resta-lhe a penitência

cujas palavras serão a sua indulgência.

O amor do poeta é o seu único crime...

 

 

Oswaldo Genofre




(Imagem Google)

Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 21/07/2011
Código do texto: T3109434
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