A Tentação da Liberdade
O homem não é aquilo que diz.
Nem o que mostra na fronte.
É o que faz na consciência.
Sem discrepância no caminho.
No pisar, no tocar...
Nem o que sai sem querer.
Sem dirimir sabido.
No despertar dos olhos é que surgi seus desígnios.
Sem culpas que o impeça de compreender.
Seus feitos, suas fortunas...
A tentação da liberdade escolhe os melhores momentos.
Falo muito do entender.
Deve ser o desentendimento de tudo.
O que está à mostra é a incompreensão.
No perguntar, no responder...
E o que alimenta é a dosagem que dispomos dos sentidos.
Do cumprimento das razoes.
Tente racionar...
É difícil conhecer corações?
- como conhecer se sabem pouco do próprio.
Pregador de peças.
Tente devanear...
É fácil falar pormenores perante a vida?
- como se discordamos do outro lado.
Ocultador de peças.
Sem esquecer a condição da casualidade de Ser.
Com respeito, aceitação...
Sem desistências.
“Talvez alguma coisa muito nova possa lhe acontecer.”
Ouvir a natureza é a excelência em estado vivo.
Castigo é não existir na benevolência.
Ainda que a preponderância de errar nos tombe...
Nas intrigas.
Nas seduções do contrário.
Mesmo que a individualidade de sentir caiba tendências antinaturais.
Saber sentir situações:
O mistério da sabedoria adverte adivinhações de ser.
E diz que aquilo que não é, é o homem.
Que é o que não imagina.
Nem dispõe de resultados.
Mesmo assim faz posse de tudo
Perseverante e encardido na vontade de seu intimo de ser.
Sem sabê-lo potência.
Sem garantir proximidades pré-concebidas.
“Máquinas de deuses inventados.”
Desperdiçando possibilidades que nem entende.
Ignorando carências existenciais.
Nem soluça compreensão...
Nas atitudes, nos sonhos.
Nem a vida será diferente em sua declamação mais firme.
Num sermão de causa pessoal
Repartindo sensações que não aparenta distribuição.
Nem refaz fração.
Quase quanto respirar aliviado...
É percorrer disposto o pensar.
Então, o homem é aquilo que nem sabe.
Nem o que faz sem que diga...
Realmente.