CONFLITOS DO SER
 
Às vezes eu sou vento em calmaria,
outras vezes sou forte – furacão,
em outras, eu sou só passividade,
mais também sou lava de vulcão.
Às vezes eu sou apenas candura,
outras vezes sou o que desatina,
em outras sou um fardo de ternura,
mais também sou pavio e parafina.
Às vezes sou pura sensibilidade,
outras vezes minha presença irrita,
em outras sou um anjo que encanta,
mais também sou a voz que tanto grita.
Às vezes eu sou só uma vida insana,
outras vezes eu sou quem solfeja e reza,
em outras, sou quem queima e se dana,
mais também sou a parte que se entrega.
Às vezes sou quem se ilude, se engana,
outras vezes sou aquele que se enfeza,
em outras, sou quem queixa-se, reclama,
mais também sou aquele que despreza.
Às vezes eu sou um que tanto ama
outras vezes sou completo em carinho,
em outras, sou aquele que se inflama,
mais também sou quem não quer ficar sozinho.
 
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Cônsul POETAS DELMUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 14/07/2011
Reeditado em 14/07/2011
Código do texto: T3095410
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