Poeira
Poeira levantou do chão,
o vento fez ela assentar.
Calor, evaporação,
água sobe e quer voltar.
Água sobe e ninguém vê,
ela desce, chama atenção.
Esse é o ciclo da vida,
diante da tua razão.
Tava doente e com febre,
dentro da mata fui me curar.
Deixei lá perto da fogueira,
oque num era pra eu levar.
Viajando pelo corpo,
tive boa sensação.
Tudo o que me fazia mal,
limpeza jogou no chão.
Meu corpo é uma casa,
o espirito visitante.
Corpo ficará na terra,
e eu seguirei adiante.
Tudo passa nessa vida,
e tem seu motivo então.
Não se apegue a pergunta,
o tempo traz explicação.
Poeira levantou do chão,
na planta ela foi assentar.
A planta levou fervura,
veio pra gente curar.
Tudo tem o seu lugar,
tudo tem sua direção.
Você é quem decide agora,
o caminho ta na sua mão.
Na sua mão tá a força,
concentração no pensamento.
Não se prenda com o que vê por fora,
oque importa está ai dentro.
Pra seguir esse caminho,
tem que ser todo verdade.
Tem que ser quente ou frio,
dentro de si é lealdade.
A verdade é uma porta,
difícil de se adentrar.
mas se você quer a vida,
vai ter que nela entrar.
Experimenta esse caminho,
se entrega a essa viagem.
Vai ver que compreenderá,
o que é plena liberdade.
O gigante adormecido,
dentro de mim acordou.
Foi fazer o que precisa,
foi colher o que plantou.
O mundo é um pontinho,
universo imensidão.
O mundo é nosso ego,
universo imaginação.
Imaginação é uma via,
liberta do sofrimento.
A ilusão que vê os olhos,
pode ser o teu relento.
O silêncio abre a boca,
quando você fica quieto.
Escuta teu coração,
Deus te deu o privilégio.
Entre e sente no seu banco,
Disciplina e atenção.
Brindemos todos a vida,
brindemos nossa libertação.
Feche a porta da porteira,
tudo o que ficou pra trás.
O importante é o agora,
o que passou num volta mais.
Poeira levantou do chão,
no bailado dessa dança.
Agora eu me sinto livre,
volta a ser uma criança.
Viva a expansão da consciência!!! Viiiiiiiiiiivaaaaaaa
FVC ( canção feita durante uma viagem de volta ao lar entre os meses de junho e julho de 2011 )