insone anjo







Emtenebrosa noite escura acordei
E o medo aflorava em meu Ser, pudera...
Contraiu o coração duma forma ,nem sei
Ante cruel incerteza, tormento da espera.

Resistia com parca força d’ave agonizante,
Recurvava-me,pois, diante de uma sina fatal!
Alma cativa dos apegos,um vicio dominante,
Quem de mim,arrebataria infame ,sofrido mal?

Ah!Que d' angustia a viver em negro universo,
Acudiu anjo insone , noites sem astros,enfim!
Com facho de luz,acendeu estrelas no deserto,
Criou nova ordem,girando em volta de mim...

Minh’ alma colorida, desenho de criança,ficou.
Entoou,contente, cantiga que dizia,bem assim:
“Brincar com as estrelas que o serafim deixou,
Leva para longe a amargura que há em mim”

Bem do alto da longínqua estrela,aconteceu...
Um risinho frouxo de arteiro querubim,deitado,
Cobriu com rastro de cometa e adormeceu.
O tormento d’alma,deveras,havia acabado!