caminhante
No cair da noite,triste e lento um caminhante vai...
Indago,reticente,qual seria,pois, o seu destino?
“Ao encontro das águas ,que,de meu pranto, esvai”
Chorei caudaloso rio,magoa copiosa desde menino!
Pergunto,então,na incerteza novamente,aonde vai?
No que,suspirando,de um estranho jeito,bem fundo...
“ Caro amigo,sinto um aperto no peito,que não me sai
Pudera,eu aplacar,enfim, todas as dores do mundo.”..
Acompanhei sua silueta a dissipar-se na beira do ribeiro
Quedei-me,então,a ouvir,das águas, marulhar constante
Aprendi,pouco a pouco,as palavras,das vagas,por inteiro
E ,em novo piedoso andarilho,seria,pois, naquele instante
Este regato cristalino que,ora,docemente,por mim,flui
Existe em cada ser, por,tão simples,que,assim pareça
Arroio tímido,cujas ondas de esperança,silente,conduz
Refrigera a alma de quem,deste imenso sofrer,padeça
Haverá,um belo,reluzente dia,em que caminharei,então
Embalado,acariciado pelo vento constante de minha vida
Ouvirei ,em silencio ,os,murmúrios do rio,com emoção
Doces notas ,marolas tranqüilas ,de serena despedida...