dedicado a Agostinho...

meditei sobre as confessiones de santo Agostinho, me senti

um ser abjeto,iniquo e,agora te entendo,Agostinho,por isso,

dedico-Lhe estes versos angustiantes,,,

Percorrera,incerto, pelo bosque escuro de minha alma

Que, pobre, a fundo,adoecera,por um desejo negado

Pedira,tão somente uma fonte ,nascente de água calma

Qual tremula ave migratória quisera o frescor de um regato

Indagava a mim mesmo ,o que sentiria meu Ser neste ribeiro?

Tolo,não sabia,que coberto de crostras dos apegos ,eu vivia

Arrastava o peito no chão ,levando uma pedra ,o dia inteiro

Ah!que incompreendida ,soluçava e de longe ,lenta,me seguia

Insondáveis,contudo,são os desígnios do eterno que me dizem

E pequenos sinais, pontinhos de luz,em socorro ,me acolhem...

E minh’alma cósmica por natureza retorna,feliz, a sua origem

Portanto,aquieto-me em meu ninho,posto que os deuses dormem...

Rasgando,triunfante qual fulgurante cometa em chama,num facho

Eis que o sol nascente de minha vida a tudo ilumina e encanta!

Sinto,então o frescor das vagas do pequeno e tão sonhado riacho

Minha alma saltitando sobre as pedrinhas,de alegria,canta!

“Aguas puras,lavem as rágades de meu dorso,com cristalina torrente!”

Pouco a pouco,qual infinita magia,minha magoa,no rio, dissolveu

Ah!que o pássaro do meu universo,sentiu algo,um que bem diferente

E,como um novelo branco e límpido,os olhinhos fechou e adormeceu;;