Ah,o tempo! Saudade e tormento,sinto.
Sinto saudade de coisas deixadas há muito...
Eu tinha a ilusão de encontrar parada a vida que deixei.
Quanta ilusão! Tudo ali morreu naquele tempo.
Mudava tudo e eu não entendia a dinâmica da vida.
Eu não sabia que a vida redefine os caminhos,
E rasga os véus,descortinando sonhos...
Eu não sabia quando parti em busca de um sonho.
E tanto tempo depois ao voltar,descobri que nada mais era meu.
Os caminhos da minha infância,já havia sido cobertos pela vegetação.
E já nem existiam mais!Parecia que tudo era fronteiras.
E minha mãe,não mais estava lá.
Nem havia aquele jardim onde as borboletas faziam morada.
E eu passava horas admirando a beleza de dálias vermelhas.
Aquele jardim era dela e o tempo o levou
A ela também...Agora dorme no jardim da minha memória.
E eu aqui,em lágrimas esperando seu despertar no jardim de Jah.
Para que tenha a chance de escolher se deseja a verdadeira vida.
E meu coração é hoje nada mais que uma dália vermelha
Tristemente despetalada,com saudade daquele jardim
Que era da mulher que abrigou em seu ser a minha vida.
E hoje igual ao jardim e suas borboletas coloridas, partiu.
Eu tenho esperança de reencontrar a dona do jardim
De onde eu vim...
Como dói, mãe...
Essa espera, ainda com esperança certa,é só dor.
Tenho saudades de ti...
Sim...