paginas brancas
Aportei neste mundo de sutilezas,com a esperança
Trazendo comigo a beleza que,no passado, floresceu
Contudo ,ainda relembro ,quando,ainda era criança
Que na alegria em existir,algo,puro,em mim, renasceu...
Levei em minha alma, o fardo do imenso universo
Que nasceu, cresceu ,porem, fracassou sem razão
Por que cruel destino ,se naquele mundo tão diverso
Não faltavam pássaros e flores ,o que carecia,então?
Tentava,perceber,a minha volta, sutil,diáfana presença
Seria um mero sopro de energia ,uma vida,sei lá,o que for?
Porem, nem um contorno,apenas,sombra de minha essência...
Ah!que tamanha angustia,sentia, uma incontrolável dor !
Súbito,vislumbrei uma borboleta branca com suas abertas asas
Parecia,assim, as alvas paginas do livro de minha pobre vida
Aonde,não se lia um poema nobre ,verso, nenhuma palavra...
Entendi que não vivera,apesar das aves e das flores queridas
“As gotas que orvalham camélias rubras,crescem,brilham e morrem”
Meditava,perdido em meu Ser,quando as brancas pétalas flutuaram.
Senti na leveza de minha alma que alegria e o amor,em mim,dormem
E formas,venturas infinitas que carregava de outros mundos,acordaram!
Sorri,levemente,pois,sabia,então ,que, terminaria esta poesia!
Ao ouvir do universo,ecos distantes de que tudo fluiria ,assim...
Minha alma,qual esvoaçante borboleta branca,a vida escreveria
Vivencia,magoas e querências que,a séculos,carregava em mim!