NÃO MAS, INSIPIDOS SENTIDOS

Não mas irei rir do que não conheço

Não mas irei chorar pelo que conheço

Não mas olharei nos olhos imortais

Não mas buscarei o apalpável

Não mas direi razões desconhecidas

Não mas beijarei os lábios da fada

Não mas farei preces ao humano divinizado

Não mas beberei o cálice das paixões de véspera

Não mas comerei o falsificado

Não mas gritarei em silêncio

Não mas farei barulho por tudo

Não mas escreverei pra você não ler

Não mas viverei se tu não viveres

Não mas brilhara meus olhos com o insipido dos sentidos

Não mas!