O MAR
O mar tão plácido
Convida a nadar.
Entre as marolas
E o profundo há o limo.
No barro composto
De algas e detritos,
Areia
(seria sereia?)
Peixes estranhos,
Caramujos com enormes pinças
(seriam os meus medos?)
Mistérios e minérios
Conchas e espinhos
(seriam os meus segredos?)
...lá longe os barcos
De pescadores lançam redes
E passam mansos.
(seria Caronte?)
O mar tão calmo
Faz-me sonhar
(seria esta sua vontade?)
Por que os peixes pulam
E só eu os vejo?
(seriam os meus nervos que pulsam?)
O mar...
O mar...
Estranhamente,
Hoje,
Tão retilíneo.
L.L. Paraty, 26/07/2010
POEMA 224 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.