Pra fugir dessa loucura
Quero um papel amassado
Uma caneta que foi jogada
Madeira velha que foi jangada
Donde saltei e fui à nado...
Fazer do tudo
Um nada sincronizado
De perfeita coreografia.
Nascer num mundo de música e harmonia
Neto de um poema declamado
Filho de uma bela poesia.
Um mundo que só a imaginação
Imagina a forma que teria.
Verdade seria?
Sim! E não...
Pois um mundo de poesia
Pode ser um mundo de ilusão.
E quais dos mundos não são?
Se a própria verdade
Pode ser um (belo) enganar
Tão feia quanto uma mentira
Se a fôrma não tiver a forma que quer dar.