DESENCONTRO
Desencontro
Num dia de outono,quando as arvores amarelaram
Marquei,afinal, um encontro comigo mesmo...
Mostraria ao meu Eu interior que as flores murcharam
Contudo,a beleza ,em si,permeava a natureza, a esmo
Ah!pena ,sei,que, deveras faltei por fortuita razão
Amargurado na dor e preso num inútil tempo perdido
Perdera -me,triste,cativo, na procura vã de tola ilusão
Como poderia imaginar que sonhar,havia esquecido?
Cheguei até ao local marcado,embalde,tudo passou...
Os galhos encurvados numa marcante nostalgia
E sobre o solo frio, pétalas secas que o vento levou
Imaginei,frustrado,em mim, que mais um sonho perdia
Contudo ,de mansinho,escondida entre pedras,num canto
Feito brisa na voz amena de uma singela açucena
Falou-”alma tola e perdida não desperdice teu pranto”
Posto que,mesmo ,entre folhas caídas,a vida vale a pena!
Ah!que tamanha força fez renascer,em mim,o sinal!
Uma simples largada flor,expressão pungente da vida!
Levantei radiante,os olhos e cantei as estrelas,afinal...
E,naquele frio outono,enfim, reencontrei -te alma querida!