ave de ouro
Outrora,pintara as penas da ave de meu Ser
Com o precioso ouro de meus tolos anseios
Ah!que pobre ,se arrastava ,a custo,sem saber
Que,cego ,a escravizava com dolorosos meios
Sei que, morria em mim,um fracassado mundo
Onde pensava ser rei, a coroa áurea da criação
Mas como se,suplico amor ao pobre vagabundo!
E,em meu peito , cárcere de pedra,bate o coração!
O valor que dei a minha alma ,triste e pequena
Nem uma gota de balsamo ,esta dor,aplacaria
Ah!se ecoasse do infinito,uma canção amena!
Um novo mundo,em mim,de novo,floresceria...
Por certo,o pássaro da ventura ,feliz ,cantaria
E as corolas brancas orvalhadas de alegre pranto
De minhas lagrimas ,a dormente camélia,abriria
E ,tu minha alma,ave serena renovaria o teu canto!
Minha iniqüidade queria tornar-te ave de ouro fino
Sem perceber que mutilaria este Ser, de morte!
Voa,liberta ,alma amiga e siga teu glorioso destino
Contido,em mim,na emoção,agradeço minha sorte