Violinos I
Desce, sobe, cai um eflúvio sutil,
De mãos frias, quase mortas...
A tocarem trêmulos violinos,
Soluçantes sons, torvo da agonia.
Sobe, desce, cai em ópio letarárgico,
Transparente a me engolir,
Longe do eterno turbilhão...
Dos sonhos diamantinos,
A me exaurir!
Hoje, claustro, sossego...
Sofre, e sua...
De luares,
De neves,
De neblinas.
Desvario de sons mórbidos, incontidos,
Ruflando de par em par,
Noite a fora...
Violinos enluarados, plangentes,
Que acendem o verso do poeta,
Por entre soluços roucos,
Costelando visões ignotas,
Sutis palpitações à luz da lua,
Cordas vivas que gemem,
Que rasgam almas e desejos...
Na sombra leve da alvorada...
Que treme e fascina!
E como lâmpada acesa dos sonhos...
Desce aflita - cavando abismos n'alma,
Abafando a hora que cintila,
Das eternas ânsias!
Desce, sobe, cai um eflúvio sutil,
De mãos frias, quase mortas...
A tocarem trêmulos violinos,
Soluçantes sons, torvo da agonia.
Sobe, desce, cai em ópio letarárgico,
Transparente a me engolir,
Longe do eterno turbilhão...
Dos sonhos diamantinos,
A me exaurir!
Hoje, claustro, sossego...
Sofre, e sua...
De luares,
De neves,
De neblinas.
Desvario de sons mórbidos, incontidos,
Ruflando de par em par,
Noite a fora...
Violinos enluarados, plangentes,
Que acendem o verso do poeta,
Por entre soluços roucos,
Costelando visões ignotas,
Sutis palpitações à luz da lua,
Cordas vivas que gemem,
Que rasgam almas e desejos...
Na sombra leve da alvorada...
Que treme e fascina!
E como lâmpada acesa dos sonhos...
Desce aflita - cavando abismos n'alma,
Abafando a hora que cintila,
Das eternas ânsias!