SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
30.03.07.
 
 
Estou sempre só em minhas distanciações
As pessoas com que convivo são passantes
Distantes do expurgo de minhas ânsias
Sempre só quando acho que mais preciso de alguém
Embrulhos facilmente reconhecíveis: uma bola de futebol, oh!
A cidade é um refúgio dormitório
Minha hospedaria, ruínas
Minha angústia causa repentinas alterações jazzísticas
De soslaio alquebro as luzes de meus olhos escuros
Abat-jour de minha percepção
Palavras que lavro nesse terreno inóspito
Asas que nunca tive e quem sabe as terei?!
 

Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 19/05/2011
Reeditado em 27/07/2012
Código do texto: T2980383
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