OLHANDO A LUA

Debruçado sobre o parapeito,
Da ponte – observo...
Sonho... divago... elevo,
O meu olhar,
Acima da face do luar.
E eu; pretérito imperfeito,
Dou-me ao direito,
De pertencer,
Ao outro lado,
De voar... transcender,
No espaço indeterminado,
Sem o compromisso,
Com o aquilo/com o isso,
Apenas ir... seduzir,
Madrugada adentro,
Fluir – me redescobrir,
Desnudado, acompanhado,
Pelo encantamento.

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Debruçada sobre a ponte,
Vi passar as nuvens claras,
Que as águas do mar refletiam. 
Nada, nada se compara,
A essa beleza rara,
Da lua, no céu, navegando,
Aos poetas inspirando...
Deixo, então, vagar o sonho,
E outro poema compnho.

(HLuna)