desaprendi a andar
De tanto que voei,em meus sonhos infantis
Ah!que pobre,pois, desaprendi a andar
Abismava-me ,na vertigem,em altura sutil
Enquanto ,fundo,adormecia no mister de voar
Qual albatroz em destino migratório,fazia
Minhas asas gigantes impediam os passos lentos
Quisera percorrer a terra viva,mas não podia
Restava viver,entre nuvens ,meus momentos
percebi,triste, que minh’alma se acovardou
Preferindo a lúdica experiência das estrelas
Haveria que lutar contra bestas,mas,não enfrentou...
Limitava,só,entre astros,tão somente,vê-lãs
Percebera,então,que o universo esperava !
Arremessando de precipício infinito escuro
Mergulhei no mar de uma essência rara...
Ao encontro do que de mim,conservo puro.
Povoei minha solidão com divina poesia
Caminhei, andei entre pedras,e flores anuais
Enfim,senti,o que,há muito, não conhecia
Sorri,alegre,pois,minh”alma não foge mais!