delirante alucinação

Sinto,as vezes,em mim,um mágico instante

Chego a pensar, que o sublime me pertence

As horas santas param e ecoam bem distantes

Até que acordo com raio de estrela luzente

Pena,sei,que seu passar é de eterno segundo

Esforço em luta vã em prolongar o meu sonho

Invoco aos meus deuses que me habitam, no fundo

Embalde,adormeço ,refém de cansaço tamanho

Ah!as vezes sinto u’a morte antecipada

Quando ,em meu labirinto,não me encontro

Bato,na angustia ,minhas portas fechadas

Assustado com as carrancas que me defronto!

Contudo,elevando,suavemente,os olhos,em prece

Vislumbro um arcanjo numa cadeira de vime...

Realidade,ou delirante alucinação?assim,parece...

Deveras!ah!que meu enigma,no final,define!

O lúdico momento que vivo por um segundo

É reflexo sublime de mim mesmo, assim!

Pois,minha alma passageira, errante,pelo mundo

Volta saudosa,cantadeira,um dia, para mim!