Apocalipse
A cada voz que gritava o Teu nome,
Imaginava o destino cruel,
Mas a Tua esperança nos homens,
Mostrou o caminho do céu.
Raios atingindo os infames,
E os escolhidos no vinho e no mel,
Tuas mãos abrindo nuvens aos montes,
E os santos anotando o cordel.
Anjos varrendo os restantes,
Nos braços os agonizantes em fel,
Contrastantes trombetas rompantes,
Anunciando banquete em troféu.
Escondida no limbo sem horizonte,
Esfriou-se a terra em triste painel,
Afresco do paraíso que arrebatado some.
Deus fez a arte do último pincel.