Apocalipse

A cada voz que gritava o Teu nome,

Imaginava o destino cruel,

Mas a Tua esperança nos homens,

Mostrou o caminho do céu.

Raios atingindo os infames,

E os escolhidos no vinho e no mel,

Tuas mãos abrindo nuvens aos montes,

E os santos anotando o cordel.

Anjos varrendo os restantes,

Nos braços os agonizantes em fel,

Contrastantes trombetas rompantes,

Anunciando banquete em troféu.

Escondida no limbo sem horizonte,

Esfriou-se a terra em triste painel,

Afresco do paraíso que arrebatado some.

Deus fez a arte do último pincel.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 10/05/2011
Reeditado em 15/05/2011
Código do texto: T2961947
Classificação de conteúdo: seguro