VELHO, NÃO
(Dedicado aos idosos, a quem apresento meus respeitos e admiração)
 
Não! Não me chame de velho.
Não sou velho. Sou idoso.
Velho é tudo que não se usa mais,
o que se descarta, se joga fora.
Posso não ter mais o vigor da juventude,
mais ainda tenho sanidade e lucidez
para ensinar tudo que eu sei.
Olhe o musgo nas pedras da cachoeira,
acha que apareceram ali de repente
e que para nada serve? Puro engano!
Na natureza tudo tem razão de ser.
A violeta do bosque, pequenina e tímida,
sempre oculta pela folhagem, não se pode vê-la,
no entanto sente-se seu perfume no ar.
O vinho, quanto mais velho, mais delicioso fica.
Meus cabelos embranquecidos pelo tempo
atestam a minha vivência e experiência.
Não me despreze! Não me descarte
nem me deixe de lado como algo inútil,
ainda posso te fazer muito feliz.

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Cônsul POETAS DEL MUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 09/05/2011
Reeditado em 09/05/2011
Código do texto: T2958292
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