E TUDO PASSA

Hei de voltar um dia deste,

Quando o sol se deitar, quem sabe,

Em horizontes do esquecimento,

Mergulharei meus anseios d’alma,

Que importara a luz da tênue vela,

Se aos poucos se apaga as ilusões,

Vaidades e quimeras se esvaem,

Na busca louca e sem trégua.

Fingir gostar do dia que entedia,

Vejo rostos que se vão na caminhada,

Deixei para trás sonhos inalcançados,

Andar em real nem fustiga nem afaga.

A mente é caprichosa e sábia,

De transformar os anseios em nada.

O caminhante ofuscado pelo sol

Só viu a miragem dos desejos

Que irreais se perderam no deserto.

E o oásis estava ali tão perto.