Noite dos Cães

Órbitas paralelas de um universo oblíquo

Além das esferas evolutivas que mistifico

Quase que pelo honroso vício nobre

De enaltecer todo este futuro pobre

Metamórfico e calado enclausurado

Pelas grades desta masmorra, encurralado

Patrióticos hipócritas e hipocondríacos apócrifos

Desnudam teu ser como quem permanece neófito

E esse turbilhão de domínios entristecidos

Pelos cristais degradados e negativos

De um tesouro bruto, tomado pelo sangue esquecido

Que derramado sob este negro solo, deverias nem tê-lo sido

Estala o fogo dos açoites encantados

Na calada noite dos mistérios amargos

Em que todas as lendas invadem os quartos

E primordiais somam-se aos vômitos embriagados

E aos pensamentos anônimos de filósofos inaudíveis

Um tanto inaceitáveis por mais que inesquecíveis

Guardam a ciência dos segredos mais profundos da raça humana

Que ainda rasteja prematura, pelo frio esquecimento desta lama!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 27/04/2011
Código do texto: T2933146
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