Minha poesia morreu
Minha poesia morreu
no “Sopor” de outros versos...
Caiu deslumbrada feito anjo aborrecido
nas curvas absurdas do ponto definitivo.
Mais que belo adormecer,
tão digno de soturno desfecho.
Meus versos guinaram de um lado para outro
até que o muro caiu em torrencial desamparo
na alvorada dispersa da alma calejada.
Tão sedutor quanto infame
vôo despropositado do infinito,
abismo espetacular da causa incontestável.
Avante, que o suspiro último nada espera!