A DOÇURA AMARGA
Tudo aquilo que é doce nunca amargou
Diz um ditado já bastante antigo
E daquele que avisa diz-se amigo
Pois de negra procela nos livrou.
Atentemos a Páscoa que passou:
Cada dia que chega há maior p’ rigo,
Nunca se viram tantos sem-abrigo,
Nem tantos que a justiça abandonou.
O poder e a riqueza são de poucos,
A fome e a miséria proliferam
E a liberdade está na mão dos loucos.
Ó Deus dos sonhadores e inocentes
Ceifa de uma só vez os que mataram
Pela cicuta amarga das serpentes.
Frassino Machado
In RODA VIVA