Boca

A boca da noite

devora o conhecido.

Vago

entre seres

vagos

e rumino

o poema

que divago.

O escuro

me veste,

com a roupa

da peste.

N'algum palco

ficou o inexato

entreato,

da falta de tato.

A Boca da Noite

gargalha

pelo fogo na palha.

Tudo passa

na puída malha,

que só esconde

essa

a busca por onde.

Dedicado à Poetisa Suzette Briner