Tempo pendular

Às vezes me entrego à nostalgia

Entro em letargia, hiberno!

Fecho-me para o mundo

Nem me mexo, fico disperso.

É quando repenso o que penso

Fico tenso, desajeitado!

Dislexo, descontrolado

Deixo o mundo parado,

descontinuado me dispenso.

Voltam meus vícios, meus suplícios,

Sinto vontade de mudar

Sinto vontade de ousar

de viajar, de gritar

Mas fico calado.

Torturado, sofro dividido,

Perco a tranqüilidade

O equilíbrio emociona;

Oscilo entre o bem e o mal,

Sem remédio

Sinto tédio.

O cotidiano me chateia

Por coisas novas, diferentes,

Minha alma anseia!

O trivial não me interessa

O inusitado quero ter

O invisível eu quero vê

O improvável eu quero ser

e nesse impossível querer

eu preciso viver.

Domfiuza
Enviado por Domfiuza em 30/03/2011
Código do texto: T2880429
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