A arte da viajosidade, dando tapa nas quimeras.


Areias quiméricas


Nós, ignorantes e sem sonhos
sem sono vagamos no deserto
Procuramos e achamos tudo incerto
Num inverno de pesadelos medonhos.


O ceifador nos espreita, risonho
e o regente, observa-nos discreto
ele conhece e nós nada, decerto
dos decretos e desígnios mundanos


Para esse sábio, grãos de areia são
nossos anos, para ele não há noção
Absoluto e relativo, eterno estranho.


Estranhamos as quimeras, nós mesmos as criamos.