Poesia – Minha Herança
Inventando e reinventando
Sigo nas estradas do tempo
A passos firmes eu vou andando
Embora curtos, longos ou lentos
De um jeito ou de outro nunca parando
Seja no festejo ou no lamento
Buscando sempre novas paisagens
Onde montanhas, estrelas e flores
Componham nos desertos, miragens
E a idéia de que todas as cores
Resultando em inéditas imagens
Transfigurem em beleza as dores
Porque eu vivo de mudanças
E sobrevivo dos desmanches do amor
Tendo como minha única herança
O refúgio obsessivo do escritor
Papel, caneta... esperança
Do poema, o fim silenciador...