Destino cruel
Desgosto!
Molhei o paralelepípedo
Com pingos
De suor do meu rosto
Do mês de maio
Carregando balaio
Até agosto
Tão langue
Manchei tantas paredes
De tábua
Com lagrimas de sangue
Nos meus sonhos
Até hoje me vejo
Catando caranguejo
No meio do mangue
Desatino
Desde criança pequena
Olho nos olhos
Do destino
Sempre tão calado
E ao mesmo tempo levado
Como um menino
Esqueço que às vezes
A lembrança
Já foi outrora
Uma senhora
Que era presente
Na minha vida
Mas hoje esquecida
Por um descuido
Do meu ego
Se hoje sou tácito
Na alma e coração
Se a melancolia
Divide comigo as horas
Tudo culpa do destino
Então perguntei ao tempo
Quanto você quer
Para me dar mais
Um século de vida
E a resposta foi rápida
E explicita
_ que quero eu contigo
Ou com seu dinheiro?
Pobre mortal!
Não me vendo
Sou integro
Sou honesto aos meus princípios
E só obedeço ao meu Senhor
O destino
Então triste chorei...