Destino cruel

Desgosto!

Molhei o paralelepípedo

Com pingos

De suor do meu rosto

Do mês de maio

Carregando balaio

Até agosto

Tão langue

Manchei tantas paredes

De tábua

Com lagrimas de sangue

Nos meus sonhos

Até hoje me vejo

Catando caranguejo

No meio do mangue

Desatino

Desde criança pequena

Olho nos olhos

Do destino

Sempre tão calado

E ao mesmo tempo levado

Como um menino

Esqueço que às vezes

A lembrança

Já foi outrora

Uma senhora

Que era presente

Na minha vida

Mas hoje esquecida

Por um descuido

Do meu ego

Se hoje sou tácito

Na alma e coração

Se a melancolia

Divide comigo as horas

Tudo culpa do destino

Então perguntei ao tempo

Quanto você quer

Para me dar mais

Um século de vida

E a resposta foi rápida

E explicita

_ que quero eu contigo

Ou com seu dinheiro?

Pobre mortal!

Não me vendo

Sou integro

Sou honesto aos meus princípios

E só obedeço ao meu Senhor

O destino

Então triste chorei...

Altair Jose
Enviado por Altair Jose em 26/03/2011
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