LIBERDADE
Cheiro o mato verde
No que sou de suas folhas
Que se derrama sob meus pés
Inebriante e livre sentimento
Um passo à frente
E caio suavemente
Não mais que de repente
Sou possuído
Nas águas frescas do rio
E viro-me do avesso
Tal qual bicho travesso
Atravesso
À outra margem
No verso que versa o que creio
Brinco que a vida é um recreio
E o que creio?
Em alegria ou tristeza?
Ha! Ha! Ha! Secreto está!
No silencioso bamboleio que requebro
Dos quatro cantos do meu ser!...
Porque assim sei que não quebro
Assovio!
Canto e solfejo!
Fico!
Do jeito que desejo...
Duo: Margarida Maria Frangelli e Hildebrando Menezes