Não me mate outra vêz
Já me mataste uma vêz
Me deixe agora,
Pois já estou bem pra lá
Do mundo afora;
A dor do desamor
Da espada cravada,
Do coração partido, apertado,
Já desdoeu.
Se me matares outra vêz
Já estou cansado,
Não tenho mais olhos
Pra te dizer,
Nem boca pra te olhar,
Nem gosto pra te sorrir,.
Nem teto, nem tato
Pra te tocar.
Mas posso arranjar um sorriso
Pra te chorar.
Potanto, vê se se toca;
Deixe-me aqui
Nessa toca, na doca,
Dessa maloca oca.
Na felicidade mais infeliz
De quem te ama.