ASSIM COMO ERA NO PRINCIPIO
Esse universo que de astros orbita em mim,
De nada compreendo
Essas nebulosas que não tem fim.
É uma escuridão profunda.
É uma noite que tudo vem comendo.
É buraco negro em que se afunda.
Onde encontra-se a minha lua?
Quero descobrir a face oculta
Viajando fora de minha rua,
Num foguete que a cor furta.
Pelo eletromagnetismo setir-me nua
Alegrando uma vida que é tão curta.
Quero ir mais além
Refugiar-me nesse heliocentrismo.
Ser planeta em giros de vai e vem.
Nessa gravitação Universal afasto-me do egoísmo.
E repousarei na galáxia que branco tem.
Me chegando a união do panteísmo.
Quero ser algo que nem Einstein concluiu.
Nem relativo, nem estático, nem gravitacional.
Espadir-me-ei como o cosmos cheio mas vazio.
Serei quarks da composição emocional.
Atingirei o vácuo como um raio.
Serei novamente átomo primordial.