Não entendo de nobreza.
Autor: Daniel Fiúza
10/03/2011
Não entendo de nobreza
Porque sou rude, sou da rua
Cresci com a liberdade
Entre a escória e a miséria
Onde a verdade é cruel.
Não entendo de silêncio
Nem de hipocrisia
Minha voz sempre foi solta
Livre e verdadeira.
Não entendo de revolta
Sempre fui plácido
Minha luta é pacifica
Sempre fui do bem.
Não entendo de riqueza
Sempre fui pobre
Nada herdei nem ganhei
Sou um mero trabalhador.
Não entendo de medo
Nem de covardia
Acredito no homem
Até prova em contrário.
Não entendo de preguiça
Nem de apatia
Sempre trabalhei duro
Só assim sobrevivi.
Muitas coisas eu não entendo
Porque são incompreensíveis
Como a loucura e a inveja
O desprezo e a mentira.
Eu só entendo da vida
Do amor e da felicidade
Do gesto do perdão
E do ato de dá a mão.