O Mistério de Todas As Coisas
Até onde Sapiens ?
Até onde Sapiens ?
O que sabemos é um pouco de ilusão
Outropouco distorção
Um copo , uma fatia de ilusão
Idiotiraniza a razão
Podemos até ver
Só não soubemos enxergar
Que a Nave Arca não pousou em Ararat
E a Lua Nova não morreu em Alto Mar
Que a serpente Asteca deglutiu o nosso tempo
E o alento Maia foi mais pleno
Então me ressuscita três vezes este templo
Vais pra onde Sapiens ?
Quem te esconde atrás do pensamento comum ?
Não te disseram hein !
Que mais os astros continuais sendo um ?
Me dá a ocasião
De ser novo ou simplesmente
Teu irmão
E te dou meu quase – tudo
Pois nada na vida é tudo
A não ser meu troco
A guitarra e o choro mudo
Guardo na memória
A origem do universo
E no verso o desejo por mais sexo
Um tanto quase gasto
De tanto Quasar e de gostar
Salto a cerca do meu pasto
Onde cultivo dinossauros
Com os quais divido nosso espaço
A cada passo eu reconheço
Que o sonho mesmo não é sonho
Então , Amor – meu pesadelo
Vem comigo pelos campos
Intraterrenos e oceânicos
O que são pressa , sangue , astros...
Faz tanto frio em São Paulo
( Não sei se é sonho esse cansaço )
Se há sapiência em toda maldade
Arde incenso secreto em toda irmandade
Também nossos corações disfarçam
E ocultam seus enlaces
A gota de orvalho
Anunciando a não-manhã
Leviatã , quen ‘ irá te aprisionar ?
Espírito de Gaia há despertar
Abre teus olhos
Abre os olhos teus
Penumbra fabulosa inesgotável
Gritaria silenciosa , Parto de Caos
Adeus , adeus !
Estende a mão , Universo Átomo
Considera átomo o verso meu
Ou desconverso
Depois eu quero o título de Último
Imperador sem império
E pra dormir
Teu colo eterno
Vais até onde Sapiens ?
Até onde Sapiens ?
Se sapiens