Ensaio psicológico do comportamento humano em relação ao medo

A pressão arterial

eleva-se ao cúmulo de sua trajetória,

na memória,

Tudo ou quase nada

Que valha a pena relatar.

O peito congestionado

é o próprio sinal da agonia

Que soluçamos

Em nossas orações diárias.

Cada vértebra,

Nesse momento,

Celebra, estalando,

Sua escarpas espinhosas e doloridas,

Num puro sinal de coragem,

Em prol de alguma coisa

Que se assemelhe à libertação.

A expressão de cada rosto

Não delata a distancia de nossos destinos,

Embora todo instante vivenciado,

Dê-nos esta efêmera certeza.

O som é árido

Não se ocupa de nós

Apenas qualifica-se

de insuperável aos nossos sentidos,

Mas inconveniente

À razão obsoleta

De cada seu ouvinte.

Os olhos marcados,

Apesar de tudo,

Conseguem conter as lágrimas amarguradas

De cada coração

Presente a essa união

Interpretada pela fantasia

Na realização verdadeira.

Estamos, com certeza,

Vivenciando todas as lembranças

De nossas desventuras pitorescas do passado,

Enquanto o próximo passado

fenecerá antes que termine este presente supremo.

A supremacia nós conseguimos

na perseverança arrastada,

E nossa profana coexistência

Remonta ao tempo em que tudo eram trevas.

Os compassos desta mão obedecem, arrítmicos,

Às deliberações do espírito,

Como psicografias

Destinadas ao uso

De nossas lições de cotidiano.

Buscamos todos os caminhos

possíveis e reais

Que nos levem ao fundo do poço de nossas almas

Para podermos,

Aí sim,

Dirigir nossas mentes

ao ápice de nossas decisões.

Somos, portanto,

Tudo que conseguimos determinar ao nosso consciente

E entendemos que cada nosso rompimento

Acarreta um processo irreversível

De amadurecimento dos nossos ideais.

Lutemos contra o medo,

Porque o mundo,

Antes de ser o pouso

Que experimentamos vivenciar,

Nasceu da ousadia suprema

de quem não se fez único,

ao se dividir em três...