EM TRANSMUTAÇÃO


No dia que se vai
é um pouco do coração que ascende
e não se sabe de respostas
a não ser aquelas que a alma tece.
E o joio e o trigo se mesclam
formando caminhos que tomamos
sem consciência.
Não há aurora que anuncie sorrisos
a não ser aquela que, desde sempre,
vive dentro de nós.

É por ela que os horizontes me visitam
com suas asas secretas
e cada novo dia é um decifrar
desse orvalhado e solar
vôo do espírito.

E a carne continua
debruçada e assombrada
por essa distância das estrelas.




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