Momento utópico
Irrequieta assim meio livre
Das inócuas loucuras dos pensamentos
Quero o cheiro de terra molhada
A flor que nasce novamente
Quero o cabelo mais curto
Algumas tatuagens pelo corpo todo
Quero o toque vasto e lento
Quero o ar puro
Preciso respirar
Escolher alternativas menos eloqüentes
De braços abertos para o vento
Quero abraçar o tempo,
O mundo inteiro
Só um pouquinho pra mim
Vou quebrar os corpos e copos na parede
Quero mais é cantar, é gritar!
Sorrir por prazer e doar por perceber
Apenas tocar nas sutilezas de cada vasto coração
Com a mesma simplicidade que me limito a observar
Com as mesmas faces das roupas que visto
Ideologicamente limitadas e inesperadas
Com a cara pintada e irritada
Em uma vingança premeditada
Dessas que se faz com a própria alma quebrantada
Forte o suficiente para enfrentar o sol
Dura o permanente para esquecer
Que eu mesma não me reconheço
Quando assim estiver navegando
Levo todos comigo
Para viver as utopias que planejo