Do Nada ao Absoluto

 

Brilho de um olhar,

Lua de um céu escuro,

E no silêncio noturno,

Ecoa o pulsar cardíaco.

Flores de cores oníricas,

Jardins encantados,

Tempo esquecido de ser.

Flutuam pensamentos,

Ganham asas emoções.

No ir e vir das luzes,

Lumes distantes,

Estrelas ocultas.

E o coração se aquieta,

No silêncio da alma,

Na voz que não diz,

Pois a letra descansa,

O verso é vadio,

Andarilho divino,

Desvenda e nada conta,

Sorri em lágrimas invisíveis,

Brinca de ser,

Mas apenas brinca,

Pois finge não existir,

Sonha ser livre de si,

Livre de tudo,

Talvez um não ser,

Um absoluto nada,

Apenas para contemplar,

Perceber a força do todo.

Asas do voo,

Prevalece o voar,

Eterna ave desgarrada,

Anjo celeste,

Será sempre o pródigo,

Pois deseja voltar,

Pois que ama o ninho,

Mas almejara a aventura,

Amará com liberdade,

E liberto sentirá o amor.

Flor em versos,

Pétalas em poesias,

Jardim do éden,

Perdido entre constelações.

 

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 06/02/2011
Reeditado em 06/02/2011
Código do texto: T2775990
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