No fim do labirinto a Fonte do Amor

Espectros índigos, violetas, brancos, luzes e não-cores.

Ambiente não ambientado.

É um Eu profundo.

Algo...

Derramando-se...

Tão sutilmente.

"Tão", talvez uma onomatopéia. Exprimindo a intensidade de uma gota de luz no vácuo tão denso.

Tão não-intenso. E tão não-denso. A Centopéia encaracolada numa bolha pontual.

Espiral do ponto infinito. Mais se expande e menos tem tamanho.

Tão contida. Tão confortável, na realidade cósmica em que se encontra.

Nada o encontra. Apenas o encontro em si é encontrável. Incontável unicidade!

Permanente enquanto permanência...

O ar ventaneiro não mais ri, não mais reproduz ruídos, rastros... Estática vitalidade.

Não mais se perde em ilusão. Nãomais... Nãomais... onomatopéias vibracionais, nais, ais...

Nnnnnã~lnwãommm-MmMmmmÁááêiyzssss... Som rápido e certeiro propagando absurdamente e TZH! Congelado... Realidade estática... Profundo e fluente silêncio.

O Sagrado Silêncio.

O Supremo Silêncio Existencial...

Aquela ausência da presença, se ausenta de si mesma, até porque nem ausência há!

A Presença!

Ergue as colunas templárias do infinito, flameja a paz das águas celestes, dos rios que tomam a forma pelos ares em geométrica epopéia.

Dos cristais líquidos, das ondas que cintilam pelo cosmo interior.

FONTE DE AMOR

Palavras que são quase meros rastros, como o assobiar da brisa em meu tato insensível da densa dimensão que lemos as próprias.

Há verdadeiros portais...

Além de nossas mentes carnais.

Chaves que Eu me traz!

http://flauteardasmares.blogspot.com/