_____Ocultado

Mi´estirpe não mais por aqui ronda

Esta plange lágrimas amargas e sepulcrais

Pois o mundo pecou à morte hedionda

Assassinando os orbes férvidos cá eternais

Numa simbiosa colossal e catártica

Brota plúmbea d´um roto em negridão

É a escória d´uma era assaz desértica

A vergastar nobres peitos em devassidão

Prostro-me cá langoroso e semi-morto

Fenecido ao lanudo manto a m´encobrir

Veludínea mortalha a castigar este meu imo

D´onde a nênia soa plácida a se despir

Planjo aos cântaros lágrimas perniciosas

D´onde o visco toca fútil a terr´acre

Não sou bandagem a secar dores lacrimosas

Nem vil humano de sofreguice que m´invade

Cansei-me cá perante a sofism´alheia

Porta larga de labaredas bestiais

Assim sendo sopro as velas e as candeias

Apago a vida das tormentórias irreais

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 27/01/2011
Código do texto: T2754955
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