CAMINHO E FIM




Serenidade
é esse silencio de pedra.
Preciso tornar-me pedra,
para poder permanecer.
Cansei dos córregos perigosos,
onde a lama dita a formosura das flores.
Minha escrita é o desenho do obscuro caminho
entre o coração e a meia-lua.
Uma só estrela
já é poesia e luz na estrada.
Não preciso de selos de subsolos
camuflados dos que agonizam
o sonho humano.
A única parte que me cabe
é a louca cegueira do poema
que fala ao coração.





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