CANTATA
Dorme dentro de mim
o antigo furor de amar,
censura indomável.
Dorme na quietude
o desejo louco de orar
em um confessionário.
Sapato con/sola gasta
e um tolo a confessar poemas.
Um sacristão à moda antiga
na lamúria do pecado original.
Pobre ária para o amor do Cristo:
– Amai –vos! Que seja esse o canto.
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 53.
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/2708862