As minhas metades
 
 
A metade de minh’alma é feliz
Contempla o céu em primaveras
A outra metade com a dor é aprendiz
 Acha-se ,perde-se nas esperas.
 
Sou assim: Céu e inferno
 
A metade do meu querer é grandiosa
Como o mar em doce calmaria
A outra metade e sofrer queixosa
Como o por do sol que partia.
 
Sou assim: Amor e ódio
 
A metade de minha esperança é claridade
Como as refegas de um vento bravio
A outra metade é tristeza, imensidade
No meio da tempestade surgiu.
 
Sou assim: Esperança e fragilidade.
 
A metade do meu viver é bendita
Como a luz clareia o mundo
A outra metade é maldita
Circunda pelo beco imundo;
 
Sou assim: Bênção e maldição
 
A metade de meu amor é imensa
Idílio de um querer sublime
A outra metade é saudoso lamento
Em martírios circunda o vão momento.
 
Sou assim: Alegria e lamento
 
Danço e sofro
Caio e sorrio
Sou tristeza e saciedade
Sou a dupla face da felicidade.

sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 31/12/2010
Reeditado em 16/07/2013
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