AMOR INCANDESCENTE

AMOR INCANDESCENTE

Aprumado em linhas seqüentes,

aprimorado na luz dos lábios.

Cinza que vira chama

num estalar de olhos em liame,

levante a leveza

da não estranheza do fogo que clareia.

Leso não é a lenha,

mas ilibada, incendeia.

Imaculado e purificador,

arde no âmago das ânsias do amor.

É fogo abstrato,

mas absorve o âmbito da horizontalidade da realidade.

Não é por si, nem pra si,

a incandescência explicita por existir a sua fosforescência,

legitimada na mobilidade inelutável que inflama

o influir do unir

de mentes e corpos num feliz porvir.

Quente e atemporal, telúrico e celestial.

Vulcão emocional, estrela do natal.

Amor incandescente, reluz na mente.

Cartada de um Deus... aos filhos teus.

Uma briga desigual,

que arde o intelectual,

mas minoriza o mal.

Onde o fogo queima indulta a pena

e tudo vale a pena.

Somos fogo,

que não é pra jocoso,

mas para o corajoso.

Fogo, fogo,

mais fogo,

arde dentro do corpo.

Só tem fogo quem tem amor....

é fogo,

fogo sem pânico e sem dor.

Incandescente amor!

Rose Silva

29/12/2010

Rosinalva Machado Silva Bibliotecária
Enviado por Rosinalva Machado Silva Bibliotecária em 30/12/2010
Reeditado em 07/01/2011
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