Límpida e transparente,
a água permeia
as paredes de vidro
onde não há areia
ou planta natural.

E em meio ao nada,
nada
(luminoso feixe)
pequeno cardume:
os sete peixes
do meu aquário.

Por baixo do lume,
rebrilha o prata,
acende-se o verde,
reluz o dourado,

o branco e o preto,
o azul e o malhado,
um existir fechado
em bela redoma,
na memória perdida
de um tempo ancestral.


Uma verdade me assoma:
eu, alheia em mim,
também me sinto assim,

um ser pequeno - e vário
frente à Vida

num mundo à parte,
sim, cheio de arte
(mas irreal)
esperando o Poema
regado a meu sal

ou, quem sabe,
somente o dilema
da última cena

do minuto final ...

Silvia Regina Costa Lima
6 de dezembro de 2010







Ps: este é o meu pequeno aquário com  os seus pexinhos,
aos quais dei nomes das pessoas que eu gosto:

o pretinho,
Stella; o prata, Fábio; o verde Gil, o azul Silvia
o listadinho
João, ainda tem Dudu, o branquinho
e
Noah, um dourado ....rs )


 
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 25/12/2010
Reeditado em 29/03/2019
Código do texto: T2691295
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.