Abra seus olhos...

Ao que está aqui bem próximo

Até ali na imensidão do cosmos

Do cenário maior e maiúsculo

Ao seu mais minúsculo músculo

Da perfumada pétala de rosa

Ao bico e penas do beija-flor

Das favas do néctar da abelha

Aos lábios de mel da centelha

Bailado das asas da borboleta

Vento frio que ao corpo açoita

Ao ignóbil réptil atrás da moita

Espetacular estampido da arma

Ao projétil que baila no pentagrama

Ao som que acaricia teus tímpanos

Do eriçar dos teus pêlos em arrepio

Laço de fita que enlaça as tranças

Dos madrigais aos festivais musicais

Escorrer da bola no fundo das redes

Ao grito vibrante da alegria do gol

Do orgasmo preso pela carícia negada

Riso incontido na estridente gargalhada

Ao projeto de vida que dorme no ventre

Primo que prima na conjunção das rimas

Sinfonia leve e solta que paira e pára no ar

Ao desenho das nuvens que escondem o luar

Esplendor dos raios solares a dourar horizontes

No vôo de balé das gaivotas no mergulho ao mar

Entrelace dos dedos das mãos de fé em oração

Do lapidado sentimento vivo vestido de emoção

Abra seus olhos para o espetáculo da vida

Apreenda a luz fugitiva nas frestas das florestas

Utilize das retinas à beleza contida na estética

E dê férias a penumbra que habita nas catacumbas

Assim sendo transcenda sua alma bela e generosa

Mate o escuro obscuro e taciturno das horas noturnas

E se embriague e se confunda com a própria natureza

É aí... Bem aí... Que reside toda a sua pureza e beleza

Ponha nos olhos no lugar da tristeza... Sua delicadeza!

E o mundo inteiro se abrirá em inspirados improvisos...

Captados numa fascinante alegoria de risos e sorrisos.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 18/12/2010
Reeditado em 18/12/2010
Código do texto: T2679215