O Mouro
Ia caminhando, sem rumo...
Um túmulo frio e ambulante...
Andava sem saber pra onde... distante...
A mente levava-me a caminhar sem prumo
Um cadáver que não se admitia um cadáver
Uma múmia sem identidade e sem caráter.
Quanto se vive sem saber o porquê,
Plasmar um corpo parco e efêmero
É o mesmo que olhar pra onde não se vê...
Crê! A sombra é mais viva que o fêmeo
Dos machos que se dizem existir...
É uma escrava da morte, ela e eu sem porvir!
Sinto-me escravo do que fiz no passado
Ousado, forte, um valente em erupção...
Cão malvado que despertava cismas... Tarado!
Hoje me indigno, pois não sou mais solução
Apodreço sem antes viver o que devia
Agonizo no medo, retorcendo-me em fobia.
Crê! O inacabável um dia se acaba em choro
Mouro de lutas vencidas, mourão da vida
Hoje um graveto, espeto que se arrasta em torno
Do que passa e não volta, sou o meu homicida
Pobre asno que em vagas idéias se atrela
Homem pobre que não vê o fechar da janela.
Ia caminhando, sem rumo...
Um túmulo frio e ambulante...
Andava sem saber pra onde... distante...
A mente levava-me a caminhar sem prumo
Um cadáver que não se admitia um cadáver
Uma múmia sem identidade e sem caráter.
Quanto se vive sem saber o porquê,
Plasmar um corpo parco e efêmero
É o mesmo que olhar pra onde não se vê...
Crê! A sombra é mais viva que o fêmeo
Dos machos que se dizem existir...
É uma escrava da morte, ela e eu sem porvir!
Sinto-me escravo do que fiz no passado
Ousado, forte, um valente em erupção...
Cão malvado que despertava cismas... Tarado!
Hoje me indigno, pois não sou mais solução
Apodreço sem antes viver o que devia
Agonizo no medo, retorcendo-me em fobia.
Crê! O inacabável um dia se acaba em choro
Mouro de lutas vencidas, mourão da vida
Hoje um graveto, espeto que se arrasta em torno
Do que passa e não volta, sou o meu homicida
Pobre asno que em vagas idéias se atrela
Homem pobre que não vê o fechar da janela.